PV Mulher

Se 70% dos brasileiros acreditam que o mundo seria um lugar melhor, mais pacífico e bem-sucedido se mais mulheres estivessem no poder;

Se quase metade das filiações dos partidos são de mulheres;

POR QUE NÓS MULHERES SÓ OCUPAMOS MÍSEROS 12,32% DOS CARGOS PÚBLICOS ELETIVOS?

E essa falta de representatividade acontece também no setor privado. Dentre as 500 maiores empresas, apenas 5% dos diretores/presidentes são mulheres.

Neste momento histórico, não basta garantir leis ou cotas para nós mulheres, necessitamos urgentemente superar a injustiça e desigualdade social que foram construídas ao longo dos séculos.

Para isso, precisamos também estimular nossa auto-estima, auto-confiança, sororidade para que as pessoas que se identificam como mulher sejam cada vez mais protagonistas na sociedade.

Ou seja, precisamos fomentar a equidade.

Enquanto a igualdade busca tratar todos da mesma forma, independentemente da sua necessidade, a equidade trata as pessoas de formas diferentes, levando em consideração o que elas precisam.

Mulher, é hora de voar!

Quero te ver voar, quero me ver voar e para isso, precisamos voar juntas!

Boa jornada,

Mônica Buava

Secretária da Mulher

Seja uma mulher que levanta as outras mulheres.”

 

Panorama atual

Os direitos das mulheres no Brasil são recentes, eles só foram ampliados e/ou consolidados na Constituição de 1988, trazendo dispositivos como: a igualdade de direitos e deveres na sociedade conjugal, determinação da igualdade formal entre homens e mulheres, direitos sexuais e reprodutivos, entre outros.

Além da própria Constituição, o Brasil é signatário de tratados e acordos internacionais que visam garantir às mulheres exercer suas plenas capacidades. Apesar dessas conquistas no âmbito legal, as estatísticas apontam que as mulheres brasileiras, principalmente crianças, negras e pardas, continuam a sofrer violência e discriminação:

Estatística da realidade feminina:

– Um estupro a cada 8 minutos;

– Uma mulher é assassinada a cada duas horas;

– 30,4 % dos homicídios de mulheres ocorreram no domicílio;

– Apenas 7,5% dos municípios tinham delegacias especializadas para atender mulheres;

– Cerca de 22 mil casamentos registrados em cartório, por ano, são com mulheres com menos de 18 anos;

– 5 milhões de crianças têm apenas o nome da mãe no registro

– As mulheres dedicam quase o dobro de tempo que os homens nos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos;

– O nível de ocupação (emprego) das mulheres vivendo com crianças de até 3 anos é de 54,6% e o dos homens foi de 89,2%;

– Apesar de mais instruídas, as mulheres ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais;

– Mulheres recebem, para a mesma função, 77,7% do rendimento dos homens;

– A desigualdade salarial é ainda maior entre as pessoas nos grupos ocupacionais com maiores rendimentos.

– Apesar de ser mais da metade da população, 14,8% dos deputados, 16% dos vereadores e 7,1% dos ministros são mulheres.

POLÍTICA: substantivo feminino

1. Conjunto dos fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma sociedade.

2. Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos.

3. Habilidade no trato das relações humanas.

4. Modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia.

 

Conquistas Políticas

1910 É formado o Partido Republicano, pioneiro na emancipação feminina.

1927 Celina Guimarães Vianna é a primeira eleitora do Brasil.

1928 Alzira Soriano de Souza é a primeira prefeita brasileira eleita.

1932 Mulheres conquistam o direito de votar no Brasil.

1996 O Congresso Nacional cria sistema de cotas para incentivar os partidos políticos a incluírem, pelo menos, 20% de mulheres em chapas eleitorais.

1997 É aprovada a lei que garante que os partidos reservem, no mínimo, 30% de mulheres filiadas para concorrer às eleições. A lei que garante reservas aos partidos de, no mínimo, 30% de mulheres filiadas para concorrer às eleições é aprovada.

2010 A primeira mulher eleita presidente do Brasil.

 

O Brasil precisa de mulheres no poder!

Corrupção, suborno, lavagem de dinheiro são termos corriqueiros nos nossos jornais. Como se essas práticas, para não dizer crimes, fossem características à política.

Mas isso pode e deve ser diferente: um estudo mostrou que a corrupção tem menores índices em países onde mais mulheres participam do governo.

As mulheres tendem a privilegiar políticas públicas que aumentem o bem-estar social, promovendo melhorias aos que são mais vulneráveis, como crianças e idosos. No Brasil, por exemplo, a mortalidade infantil é menor nos municípios geridos por prefeitas, independente de suas ideologias políticas.

Fontes:

Mulheres na política: menos corrupção, menos morte de crianças e mais saúde

Países onde mais mulheres estão no governo têm menos corrupção, diz estudo

Mulheres são menos corruptas que homens?

 

Papo Reto

Apesar de todos os recursos e incentivos formais para que as mulheres ocupem cargos de liderança, o que vemos nas urnas é o oposto disso.
O que vemos são “candidatas-laranjas” que se inscrevem apenas para que o partido bata a cota. Para você ter ideia, 12,5% das mulheres que concorreram a cargos públicos em 2016 tiveram ZERO voto. Nem a própria candidata votou nela mesma.


Nas eleições, os partidos políticos precisam ser certeiros ao montar a chapa, pois sua sobrevivência e manutenção dependem da quantidade de candidatos eleitos. Por isso, os partidos acabam privilegiando candidatos que já têm experiência eleitoral. Te pergunto, se numa política historicamente dominada e comandada por homens, quem você acha que tem mais experiência? Os homens!

Assim, precisamos nos fortalecer, desenvolver ferramentas e superar questões históricas para alavancar o capital eleitoral de mulheres!

Um Passo Para Trás

Quantas vezes você foi criticada por uma mulher? Seja pela forma como você fala, veste, com quem e como se relaciona, cria os filhos ou por sua aparência física?

Esse tipo de cobrança raramente é feita de homem para homem ou até mesmo de mulher para homem.

Isso porque existe a tal “camaradagem masculina” que é um pacto social invisível em que homens se defendem, se protegem, muitas vezes sem nem se conhecer, simplesmente pelo fato de pertencer ao mesmo núcleo: homem.

Já entre as mulheres ocorre o contrário, existe a disputa feminina. Fomos criadas para enxergar na outra mulher uma ameaça, uma rival, alguém que precisa ser combatida!

Prova disso são os contos de fada que são repetidos de geração para geração: a madrasta que quer acabar com a enteada, a mulher que quer matar a outra só porque a outra é mais bonita, irmãs que disputam e trapaceiam para ver quem vai ficar com o príncipe.

Desde muito cedo, as meninas são bombardeadas por essas informações e outras crenças que nos levaram para onde estamos.

Se quisermos avançar no espaço político, assim como em outros setores da sociedade, precisamos quebrar esse ciclo vicioso. Para isso, precisamos praticar a sororidade!

Sororidade

Do latim sóror, que significa “irmãs” Sentimento de irmandade, empatia, solidariedade e união entre as mulheres, por compartilharem uma identidade de gênero; conduta ou atitude que reflete este sentimento, especialmente em oposição a todas as formas de exclusão, opressão e violência contra as mulheres.

O Que Você Pode Fazer?

  1. Não critique;
  2. Todos os dias, elogie verdadeiramente, pelo menos uma mulher;
  3. Ajude uma mulher que esteja precisando de apoio;
  4. Compre de mulheres, fomente negócios de mulheres;
  5. Vote em mulheres;
  6. Faça campanha eleitoral para mulheres
  7. Faça parte de um mandato coletivo
  1. Seja candidata

Tudo é política: o que compramos, o que comemos, o que assistimos, como nos relacionamos….. tudo é política.

Está claro que nós mulheres precisamos estar em cargos públicos eletivos para uma sociedade ser mais justa, para que os temas envolvendo o universo feminino sejam contemplados verdadeiramente.

Para isso, precisamos fazer algumas lições de casa e quebrar o ciclo vicioso que nos afasta da vida pública.


Não queremos – e nem devemos querer – estar acima dos homens. Precisamos, homens e mulheres, estar juntos, lado a lado, no protagonismo da sociedade.

Conte com o Partido Verde!

Ficha Técnica


Redação: Monica Buava

Colaboração: Cynthia Tedorenko, Ingrid Morais
Orientação: Regina Gonçalves