Domingo passado o Brasil de 60 milhões de eleitores foi dormir mais tranquilo, aliviado. Na esperança de que daí em diante, a cada dia, possa acordar sem sobressalto, sem que mais uma ameaça de ruptura institucional fosse a manchete do jornal matinal.
Sem que agressões e ataques sistemáticos ao Estado democrático de direito, ao Judiciário, à imprensa, ao bom senso, à ética, à estética e à racionalidade minem o seu cotidiano. Que os conceitos de democracia e liberdade, por anos corrompidos pela ótica de fanáticos delinquentes, recuperem o sentido de sua gênese filosófica.
Pela possibilidade de reconhecer-se novamente diverso, múltiplo, plural e assim reapresentar-se ao mundo. De revalorizar sua cultura e sua arte, reconectar-se à ciência, e retomar a educação como princípio básico civilizatório e universal.
De conter a devastação da Amazônia e restaurar seu patrimônio natural. De poder alimentar os seus, cuidar dos mais vulneráveis e reduzir a brutal desigualdade que persiste no país.
De que a ele a sejam restituídos suas cores e símbolos nacionais. E de que a ele seja reservado um lugar de destaque entre as grandes democracias ocidentais.
Esse é o país que se espera sob o governo Lula e a Federação Brasil Esperança e todas as forças democráticas que o ajudaram a elege-lo. Esse é o país que lutamos para reconquistar.
E assim será.
Por José Luiz Penna